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Os vinhos se confundem com a trajetória da tradicional família Antinori, que há 26 gerações e mais de 625 anos produz um dos tintos mais elegantes de toda a história, o Chianti. Os detalhes da receita de qualidade alcançada durante uma vida de encontros, experiências e vitórias são contados com entusiasmo e paixão na biografia O perfume do Chianti. Narrado em primeira pessoa pelo atual patriarca, Piero Antinori, o livro faz do vinho o protagonista de uma história capaz de definir e caracterizar ambientes e pessoas. Tudo isso encenado em uma das mais inspiradoras paisagens italianas, a Toscana.
A narrativa centra-se, em especial, no período de 1966, quando Piero Antinori tomou as rédeas da casa de vinho do mesmo nome, até a época mais recente, com a nova geração dos Antinori e cuja empresa está sob administração das filhas Albiera, Allegra e Alessia. Sob o comando de Piero, uma série de investimentos foram feitos em outras áreas altamente adequadas à produção de vinhos de qualidade, que promovessem novos terroirs que são ricos em vitivinicultura potencial.
Exigente e inovador, Antinori quis perseguir, a partir dos anos 70, o vinho “perfeito” de um vermelho mais elegante do que nunca, de alguma forma uma tentativa de restaurar a imponência do Chianti, que já estava em decadência – e cuja aceleração ocorreu, em parte, pela plantação desordenada e improvisada de videiras em áreas impróprias para a plantação de uvas, a partir dos anos 60. Esse vinho era o Tignanello – feito com 90% de uva Sangiovese e 10% Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc. Também é dos Antiori o Solaia, tinto que foi considerado pela revista especializada Wine Spectator o melhor vinho do mundo.
Hoje a marca tem estabelecido uma reputação de excelência e arrojo e tem assinado alguns dos vinhos mais aclamados e inovadores do século XX. Piero Antinori mostra que sabe o que faz e que seu empenho se reflete em suas criaturas, sete rótulos, alguns famosos, alguns inéditos, marcando uma história.