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Quando lançou o bestseller Homens são de Marte, mulheres são de Vênus, em 1992, o psicólogo e escritor norte-americano John Gray queria ajudar homens e mulheres a se relacionarem melhor, orientando-os quanto às diferenças básicas entre os sexos. Quase vinte anos depois, ele vem mostrar a razão dessas diferenças, debruçando-se sobre o estudo científico dos hormônios que atuam sobre os organismos, determinando os comportamentos femininos e masculinos em Vênus é de fogo, Marte é de gelo. O fogo associado às mulheres, para Gray, remonta à emotividade feminina, causada pela oscilação hormonal constante. Oscilações que se alternam já nas meninas e durante a vida inteira, já que mulheres menstruam mensalmente, engravidam e deixam de produzir hormônios com a menopausa. Equilibrar essas alternâncias com dietas alimentares e exercícios são algumas das recomendações de John Gray, que acredita também na interação social das mulheres para que elas estimulem a produção da oxitocina. A necessidade d e comunicação constante também pode ser satisfeita através de reuniões com amigas. Já a aparente frieza masculina – “o gelo de Marte”, segundo Gray – deve-se à baixa hormonal que os homens experimentam ao fim de um dia de trabalho, quando precisam repor os estoques de testosterona recolhendo-se em silêncio. Embora os homens tenham um menor número de alterações hormonais após a puberdade, eles também sofrem com a drástica redução de testosterona na maturidade.