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Um importante maestro casado com uma das violinistas da orquestra que rege com mão firme. Também um músico brilhante e dedicado, certo de que só a imersão total no trabalho é capaz de agraciá-lo com “aquele estágio em que exaustão e paz são quase a mesma coisa”. Ultimamente, um homem consumido por um pensamento obscuro: o que a mulher faz quando não está com ele? Tamanha inquietação o leva a desejar cair em um buraco e quebrar as pernas, como aconteceu com sua vizinha septuagenária. Só assim, pensa, poderia ficar em casa tomando nota de cada passo da esposa.
Marie é bonita, talentosa, tem 30 anos a menos que ele e uma queda por jogos de sedução. Interessada por judaísmo e pelos conflitos no Oriente Médio, grifa nos livros frases que o marido lerá sorrateiramente. Envenenado pela desconfiança, ele tenta desvendar a mente da esposa, como quem lê mensagens cifradas que comprovam e até justificam a suposta traição.
Vencedora do Prêmio Jabuti de 2001, Patricia Melo utiliza seu estilo preciso e rascante para elaborar um potente romance sobre os mecanismos do ciúme e da sedução. Ele, o imponente maestro, símbolo de poder no mundo dos concertos. Ela, a jovem que o desconcerta. Na valsa negra desse relacionamento, amor, desejo, manipulação e desconfiança são os acordes que harmonizam e criam dissonâncias em uma dança sensual e cruel.