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Como Einstein demonstrou, e os físicos contemporâneos concordam, o tempo não existe por si. É apenas a medida de quanto um objeto leva para se mover no espaço. Mas o dia-a-dia da maioria das pessoas ainda se estrutura a partir da ideia de que o tempo é algo linear, que pode ser quantificado nas horas do relógio: "perder tempo", "matar tempo", "passar o tempo", "arranjar tempo". Depois de colonizar os espaços do planeta o grande desafio do homem moderno é o tempo. As pessoas tem a sensação de ver as coisas passando e as estarem perdendo; consultar o relógio se tornou mais do que um teste de eficiência, é um vício. Todos tentam se ocupar a cada segundo; e a falta do que fazer virou uma doença da qual se tenta fugir com megadoses de entretenimento, ou seja, consumindo diversões de massa ou domésticas como vídeos, TVs, música e as incessantes novidades da indústria da informática e suas possibilidades de acessos virtuais. "Timeshifting", de Stephan Rechtschaffen, fundador do Omega Institut e, mostra como escapar da tirania do tempo, aprendendo a controlá-lo em vez de ser controlado por ele. Sentir o presente e o agora, como explica o autor, é a chave para ganhar consciência do tempo e poder mudá-lo. Isto não elimina a ansiedade nem o stress, mas permite lutar com eles e, quando aparecerem, permanecer relaxado.