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Protagonizado por Maddy Smith, órfã de mãe e irmã da garota mais popular da pacata aldeia de Malbry, a rebelde Maddy é considerada a “ovelha negra” da família. Num lugar onde não é permitido sonhar ou contar histórias, Maddy é uma garota cheia de imaginação que possui um estranho sinal cor de ferrugem na palma da mão. Os habitantes de Malbry sabem se tratar de uma marca de ruína, ou Ruína da Bruxa, como dizem os mais velhos, embora prefiram não falar sobre isso, bem como sobre qualquer assunto curioso, estranho ou de algum modo “anormal”.Por isso, qualquer travessura dos goblins – também conhecidos como Bom Povo ou Faërie – é um serviço para Maddy. Os cidadãos de Malbry não ousam falar sobre aquelas criaturas vindas de debaixo da colina; tampouco admitem que eles existam, embora os danadinhos andassem aprontando cada vez mais, especialmente no porão da taverna Sete Adormecidos. A sra. Scattergood jura que são ratos que andam fazendo aquela bagunça e bebendo suas cervejas, mas Maddy Smith – e no fundo todos os habitantes da aldeia – sabem que não se trata de simples ratos. Assim, a garota descobre um estranho talento para se comunicar com as criaturas mágicas, embora todo o povo da aldeia de Malbry jure que todas as formas de encantamento tenham sido extintas há muitos séculos. Mas para viver de verdade o seu raro dom e lapidá-lo, Maddy precisa aprender com o misterioso viajante Um Olho o poder das Runas da Antiga Escrita, símbolos sagrados ancestrais repletos de significados e capazes de proezas inimagináveis. Com sensibilidade, bom humor e o mesmo talento literário que cativou o público emChocolat, Joanne Harris conduz os leitores, jovens e adultos, numa deliciosa viagem pelo universo das antigas lendas nórdicas, com seus deuses, goblins, guerreiros e outras criaturas mágicas, em Runas, desde já um épico da literatura de fantasia.