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Terrível! Medonho! Apavorante! Dentro do armário, debaixo da cama; com cinco pernas, quatro braços, dentes vampíricos. Todo mundo tem medo de monstro. Até mesmo... os monstros! Como é que pode? É o que nos mostra a escritora e ilustradora Paula Browne em Os monstros mais medrosos do mundo, promessa de risos, e não de sustos.
O livro conta a história de Ugo Pedregulho, um lindo monstrinho. Quer dizer, lindo para a sua família, afinal, Ugo era um monstro. E monstros são monstros. O importante é que ele era amado! E isso é a coisa mais linda de se ver. Ele adorava criar histórias, escrever poesias, inventar sanduíches, colecionar figurinhas e até — vejam só que esquisito — dançar pelado pela casa!
Coisas desconhecidas, no entanto, deixavam o monstrinho receoso: o primeiro dia de aula, um prato diferente, uma irmãzinha. Como lidar com o novo? Pior ainda: como lidar com o seu semelhante se todos na cidade são monstros? E monstros, como já fora dito, são monstros. Temíveis, aterrorizantes, arrepiantes!
Contudo, se monstros são monstros, é evidente, por que monstros têm medo de monstros? Ugo Pedregulho logo percebe que talvez os monstros não se conhecessem direito. E uma ideia genial do esperto monstrinho poderia fazer com que aqueles monstros mais medrosos do mundo se tornassem os mais felizes, amigos e tolerantes.
Com muito humor e delicadeza, além de ilustrações assustadoramente divertidas, Paula Browne ensina à turminha leitora que somos todos iguais, mas diferentes — cada um com seus gostos, qualidades, defeitos —, e que é importante não só respeitar tais diferenças, mas compreendê-las. Permitir-se conhecer e aprender com o outro não é nenhum bicho-papão.