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A verdadeira aventura dos primeiros a conquistar o espaço
No início da década de 1960, os EUA selecionam sete jovens pilotos para o projeto Mercury, com o qual pretendem assumir a dianteira de uma forjada corrida espacial. Esses primeiros astronautas americanos, ex-pilotos de caça acostumados a ter participação ativa e fundamental em voo, seriam agora colocados numa cápsula e lançados ao espaço. Tinham a alimentar-lhes a vaidade o assédio da imprensa - a Fera - e a comoção popular. Mas, acima de tudo, possuíam a qualidade certa, um amálgama de vigor, coragem, sinapses velozes e a fibra necessária para enfrentar o desconhecido.
Naquele momento, os EUA amargavam um nada honroso segundo lugar no controle dos céus. Afinal, a União Soviética lançara, em 1957, o primeiro satélite artificial - o Sputnik - e, em abril de 1961, Yuri Gagarin efetuara uma órbita em torno da Terra. Nas entrevistas com astronautas para a execução do livro, Wolfe logo descobriu que nenhum deles, por mais loquaz que fosse, pensava em discutir o que ele julgava essencial: a natureza da coragem. O autor avaliou também que a resposta às suas dúvidas não seria certamente encontrada numa eventual relação de "pré-requisitos para voar no espaço". Corajosos como os soldados de cavalaria no passado, os pilotos militares visitados por Tom Wolfe eram a confirmação do que o médico inglês Charles Moran previra na década de 1920: o jovem do futuro buscaria na aviação o mesmo tipo de glória e reconhecimento proporcionados pela participação na guerra.
Os eleitos retoma a história do projeto Mercury e tenta, a partir daí, indagar sobre o que levou alguns homens a desejar correr perigos e tornar-se ícones de uma época dominada pela figura do anti-herói. Esse mistério psicológico é, segundo Wolfe, um dos mais secretos e extraordinários dramas do século XX.
Livro que inspirou a série do Disney Plus estrelando Patrick J. Adams, Jake McDorman e Colin O'Donoghue.