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Se os carros, além de falar, fossem neuróticos e assustados a ponto de impedir que seus condutores pisassem fundo no acelerador, aumentando a velocidade – e a possibilidade de acidentes – acionando automaticamente freios ou travas em pleno fluxo e criando, aí sim, possibilidades reais de colisões? Se o mundo fosse completamente automatizado, decidindo, com sua lógica fria de bytes e gigabytes, esse seria um admirável mundo novo? Qual seria o lugar do ser humano nesse cenário não tão futurista assim? Em O design do futuro, o professor de Ciência da Computação e conhecido consultor de design de máquinas e aparelhos como carros e computadores Donald A. Norman lança um olhar crítico sobre a tecnologia “inteligente”, de GPS a geladeiras automatizadas. E mostra-se preocupado em como, rapidamente, as máquinas têm assumido o controle do cotidiano do ser humano. Para tanto, o autor sugere que se estabeleça uma nova relação entre homem e máquina, parecida com a que o homem trava com os animais. Apesar de serem de espécie com compreensões e capacidades diferentes, ambos se complementam e se relacionam de forma cooperativa. Com a tecnologia é a mesma coisa: se antes ela era controlada pelo ser humano, com um ligar e desligar de botões, a tecnologia ficou mais poderosa e complexa, com uma lógica própria, e o ser humano se tornou menos capaz de prever suas ações. Para os designers dessas tecnologias, está estabelecido um grande desafio: criar uma maneira adequada de proporcionar uma interação harmônica entre pessoas e dispositivos inteligentes. Em resumo, O design do futuro sugere o estabelecimento de uma nova relação entre criador e criatura, para que a automatização cada vez maior das atividades humanas traga realmente benefícios, para ambos os lados. Um livro vital para indústrias, empresas, estudantes de design, estudiosos e para os cidadãos comuns, interessados em manter a funcionalidade – e as rédeas – das criações tecnológicas neste admirável mundo novo.