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André tem 26 anos e um único vício: ler romances policiais. Quando inicia um, não consegue parar até que chegue à última página. Já foi demitido de três empregos (o último deles numa biblioteca) por ter sido pego no flagra: em pleno expediente, devorando as páginas de uma história de detetives. Sem rumo na vida, pressionado pela namorada – que o leva a um analista como última tentativa de frear sua obsessão pela leitura – e pelo irmão mais velho e bem-sucedido profissionalmente, o rapaz resolve fazer um curso de detetive particular por correspondência, unindo sua paixão literária à necessidade de arranjar um emprego.
Depois de anunciar seus serviços de detetive em um jornal citando Edgar Alan Poe, André recebe enfim seu primeiro cliente, um milionário que se identifica apenas como Montenegro e cujo filho, Pedro, de 18 anos, desapareceu misteriosamente. As pistas são escassas e os responsáveis pelo desaparecimento do rapaz não entraram em contato com a família pedindo resgate. Juntos, André e seu inseparável amigo e assistente, o Gordo – com o qual divide a paixão por romances policiais –, começam a desvendar segredos que envolvem figuras da alta sociedade carioca, personagens misteriosos e belas mulheres.
A investigação leva André a descobrir uma bizarra competição, batizada apenas de O Campeonato, que pode colocar em risco sua vida e a de pessoas próximas, numa espiral de suspense que se mantém até o fim. Incluindo em seu texto diversas referências aos clássicos do gênero, Flavio Carneiro brinda o leitor com uma homenagem ao romance policial que acaba por se revelar, ela própria, uma elaborada história de suspense.