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Em 'Negociando com os mortos', a autora fala sobre escrever. Não se trata de um guia para aspirantes a escritor nem de um relato sobre seu processo criativo - a autora recorre aos seus 40 anos de experiência para refletir sobre o que é ser escritor. Cada capítulo traz o conteúdo de uma das seis palestras apresentadas por Margaret Atwood nas Empson Lectures, tradicional ciclo de conferências da Universidade de Cambridge. A autora aproveitou o livro para detalhar algumas passagens e reduzir outras. No primeiro capítulo, a autora conta sua própria história para explicar o que é ser escritor. Sua primeira experiência como tal foi aos 7 anos, quando fez uma peça de teatro. No segundo capítulo, são apresentados os dois lados de todo escritor - o nome que figura nas capas dos livros e a pessoa de carne e osso, inevitavelmente diferentes. Esta discussão leva ao terceiro capítulo, sobre o conflito entre arte e mercado. O escritor surge como instrumento de poder social e político no capítulo quarto. A relação escritor-texto-leitor é abordada no quinto capítulo. No sexto capítulo, Margaret Atwood defende a tese de que toda narrativa é motivada pelo fascínio da mortalidade e pelo medo desse fascínio.