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Para Máiquel, muita coisa mudou em São Paulo: os canalhas de outrora já não usam bigode, e trocaram suas fartas panças pela magreza das lipoaspirações. Dez anos e uma passagem pela Baixada Fluminense depois, ele está de volta à cidade. O homem que já comandou uma firma de pistoleiros de aluguel e ganhou notoriedade como o grande matador da Zona Sul agora passa os dias jogado no sofá, comendo bolachas e assistindo televisão na casa que acaba de ganhar como herança. A única visita que recebe é Divani – sua bela e ciumenta vizinha
Apesar da bruma que envolve sua vida, Máiquel está sempre alerta e não se permite esquecer nem por um minuto que é um foragido da Justiça. Vazio e sem rumo, ele decide sair em busca da filha, raptada por sua ex-namorada Érica. Com a ajuda de um detetive particular, ele descobre que a menina está no Mato Grosso do Sul, onde Érica e o marido Marlênio presidem a igreja evangélica do Poderoso Coração de Jesus. É para lá que esse legítimo anti-herói parte, cruzando o país, na companhia de Tigre, o vira-lata que adota.
Com o estilo ágil e preciso que lhe rendeu, entre outras condecorações, o prêmio Jabuti, Patrícia Melo dá prosseguimento à saga do infame protagonista do livro O Matador, mostrando em Mundo perdido que a barbárie continua sendo a sina de muitos brasileiros.