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Uma história sombria que tem o rock como fio condutor. Lenora mostra dois destinos que se cruzam de forma tão intensa quanto poética. A trama é centrada nas reminiscências de Duda, o percussionista da banda Triaprima, ícone do rock nacional nos loucos anos 1970, e na angústia da jovem Lenora, uma garota dos anos 2000. Diante do medo que ela sente do mar e do estranho fascínio de seu nome, uma homenagem à vocalista do Triaprima, que também é título de uma de suas músicas e de um belo poema de Edgar Allan Poe.
Formado por Duda, Ian e a bela e delicada Lenora, o trio de rock Triaprima conheceu o sucesso e a fama, mas teve sua carreira tragicamente interrompida no início dos anos 70, numa praia de Santa Catarina. A banda que embalou toda uma geração deixou de herança uma história ainda envolvida em mistério, com a morte de dois de seus integrantes e o sumiço de outro. Motivo de especulações – onde viveria, o que estaria fazendo? -, Duda seria apenas um mito para Lenora se a garota não resolvesse resgatar, de uma vez por todas, a sua identidade, que ela sabia intimamente ligada à da banda, no lugar onde tudo começou, as dunas da praia de Rio Vermelho, em Florianópolis. Somente quando essas duas vidas se encontram, a dor e a angústia que rondam a existência de Duda e Lenora parecem finalmente se dissipar.
Misturando o poder da música e da poesia a reflexões sobre astrologia, as forças do universo e o ideal de paz e amor dos anos 60 e 70, Heloisa Prieto vai tecendo uma história ao mesmo tempo realista e sobrenatural capaz de inebriar o leitor e prender sua atenção da primeira à última página. Neste caldeirão não faltam referências musicais e literárias que formaram gerações e dão ainda mais força ao enredo. Tudo isso, aliado à escrita fluida e delicada da autora, faz de Lenora um romance gótico de rara luz e beleza.