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O período da Grande Depressão nos Estados Unidos é o pano de fundo para Como água de chuva, de Sandra Brown. Ao contar a história de Ella Barron, que dirige sozinha uma pensão e toma conta do filho Solly, cujo estranho comportamento seria classificado pelos médicos anos depois como autismo, a autora fala de temas como honra, sacrifício, amor e preconceito.
Em 1934, os Estados Unidos viviam uma grave crise econômica, e o clima de desespero tornava a atmosfera propícia ao preconceito racial e à agitação popular. É nesse cenário que Ella Barron comanda a pensão que funciona em sua casa, na cidade de Gilead, no Texas, orgulhando-se de manter um ambiente com altos padrões de hospedagem. A sobriedade do local reflete a personalidade de sua dona, que vive para o trabalho e a criação de Solly, um garotinho fechado em um mundo próprio, que costuma despertar nas pessoas um misto de pena, curiosidade e medo.
Para proteger a si mesma e, principalmente, o filho, Ella se concentra no trabalho e não permite que ninguém se aproxime de sua vida pessoal. Mas a chegada de um novo hóspede, David Rainwater, promete abalar as convicções de Ella. Educado e gentil, ele está gravemente doente e se muda para a pensão por indicação do primo, Dr. Kincaid, o médico da cidade. Rainwater quer viver seus últimos dias em paz, sem despertar a piedade de ninguém. Aos poucos, o Sr. Rainwater se aproxima de Ella e Solly, revelando habilidades do menino que até então a própria mãe desconhecia. Paralelamente, o clima em Gilead fica mais tenso a cada dia.
Ao longo das páginas, Sandra Brown constrói uma história na qual o amor, o caráter e a compaixão são determinantes para os rumos dos protagonistas. Como água de chuva ainda traz detalhes surpreendentes, que prometem fazer lacrimejar até os leitores de coração mais duro. É praticamente impossível não se deixar conquistar pela batalhadora Ella e torcer para que ela e seu filho tenham um final feliz.