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O romance da escritora sino-americana, Amy Tan, As redes da ilusão, enfoca, de modo tocante e sutil, a fragilidade das relações humanas a partir da enigmática tensão entre mãe e filha. Ao contrário de seu último livro, O oposto do destino, dessa vez a escritora investe na ficção, num diálogo permanente com a filosofia budista e suas particularidades em Mianmar, antiga Birmânia, no sudeste asiático. Amy Tan apresenta ao leitor a especialista em antiguidades Bibi Chen, na verdade um fantasma que não consegue se recordar das circunstâncias de sua morte, noticiada com sensacionalismo pela imprensa. O ponto de vista de um personagem tão surreal dá o toque mágico da narrativa. Plena de estilo e humor, Bibi se recorda das suas tragédias familiares: o pai que morrera de um ataque cardíaco, o irmão de cirrose alcoólica e o outro, vítima de um acidente, além da mãe, que também morrera antes que pudesse conhecê-la. A relação com a madrasta, ironicamente chamada de Doce Mãezinha, é tensa. No entanto, é esta mulher dura e racional que vai moldar o seu caráter, levando-a a esconder seus sentimentos. Antes de morrer, porém, Bibi combinara com um grupo de amigos norte-americanos uma viagem por Mianmar. A partir deste passeio que a especialista em antiguidades chamou de “Seguindo os passos de Buda”, as peripécias do romance se desenvolvem. Composto por 12 norte-americanos, o grupo parte para uma expedição que começa no Himalaia, China, e segue rumo ao sul pelas florestas da Birmânia. Neste quebra-cabeça em constante montagem, Amy Tan mostra que a busca por respostas para questões pessoais dura o tempo de uma vida.