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A trajetória de uma das mulheres mais odiadas da China continua a ser contada em A última imperatriz, de Anchee Min. Dessa vez, a autora de Imperatriz Orquídea mostra Tzu Hsi tendo que lidar com as intrigas do palácio enquanto governa um país em crise. Baseada em fatos e personagens reais, a obra é narrada em primeira pessoa e apresenta a protagonista como uma mulher sensível, que assume o poder relutantemente e faz inúmeros sacrifícios para proteger a quem ama e tentar salvar um império condenado à morte. Para os chineses, o fim do século XIX foi uma época marcada por guerras e rebeliões, que culminaram no término da Dinastia Ch’ing. A única constante nesse período tumultuado foi o poder exercido por Tzu Hsi, a última imperatriz da Cidade Proibida. Com a morte do imperador Hsien Feng, ela assume o poder em nome de Tung Chi, filho dos dois e único herdeiro da Dinastia Ch’ing. Dessa forma, os leitores acompanham a transformação de uma jovem determinada, que conseguiu se tornar a concubina favorita do governante chinês, em uma sensata líder política, que comandou a China por mais de quatro décadas. Além de conviver com uma série de intrigas políticas, Tzu Hsi se viu forçada a enfrentar, com um sorriso no rosto, homens e mulheres que lhe desejavam mal e, se pudessem, a matariam. Como se não bastassem os problemas trazidos pela ocupação do trono, a imperatriz teve uma grande perda na vida pessoal: a morte do filho, aos 19 anos, causada por uma doença venérea contraída com prostitutas. Como precisava de um outro herdeiro, ela adotou Tsai-t´ien, filho de uma de suas irmãs com o irmão mais novo de Hsien Feng. O jovem recebeu o nome imperial de Guang-hsu. Quando Guang-hsu chegou à idade de assumir o poder, Tzu Hsi já sabia que ele era um fraco e seria necessário continuar no comando do governo, ainda que nos bastidores. Enquanto os leitores acompanham o modo de a imperatriz lidar com fatos históricos como a relação de amor e ódio com os japoneses, a Revolução Boxer e a perda de territórios como Taiwan, Coréia e Vietnam, Anchee Min desfaz a imagem de que Tzu Hsi seria uma assassina corrupta, cruel e com fome de poder.