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A humanidade estava em decadência e a extinção era apenas uma questão de tempo. Mas a natureza não quis esperar. Uma epidemia atacou os seres humanos e os transformou em criaturas demoníacas, famintas, com predileção pela carne humana. No mundo inteiro, as pessoas estão se transformando em zumbis. Antoine Verney é um sobrevivente e o anti-herói por excelência do livro de Pit Agarmen, pseudônimo (e anagrama) do escritor Martin Page, autor de Como me tornei estúpido. Neste inusitado romance, Page faz uma fábula sobre a sociedade de consumo e a apatia que transformou a todos em mortos-vivos, destilando a melancolia e a ironia que marcam a sua obra.
No livro, Antoine desperta de uma bebedeira em um apartamento vazio, com um morto na sala e sinais de luta pelos aposentos. Por mero acaso, seu porre memorável e a capacidade de não se fazer notar salvou sua vida. Ele não fica tão surpreso assim. Afinal, há muito tempo que a humanidade atingiu o último estágio da decadência, da selvageria e da crueldade.
Enquanto os zumbis lotam as ruas de Paris, Antoine pensa estar seguro em um luxuoso apartamento com vista para Montmartre. Assim como um Robinson Crusoe moderno, Antoine aprende a sobreviver e a enfrentar a solidão. O estigma de ser o último ser humano paira sobre sua cabeça, e a dor e o pânico de uma vida inútil ameaçam a sua lucidez. Armado com um rifle, ele se surpreende ao descobrir que pode matar e que ainda possui talento para isso. E é nesta descoberta e na invenção de uma nova vida que encontra forças para não enlouquecer e seguir adiante.
Em A noite devorou o mundo, Agarmen mostra como é possível contar uma assustadora história sem perder o lirismo e o humor. Um livro capaz de surpreender os mais empedernidos fãs dos zumbis.