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Em A eternidade pelos astros, Louis-Auguste Blanqui une química e poesia para refletir sobre a dinâmica do universo e, consequentemente, a existência humana. Ao combinar de diferentes formas os elementos da tabela periódica, a natureza produz mundos finitos. Assim, tudo se repete eternamente, com pequenas variações, e cada um de nós possui bilhões de sósias revivendo, sem cessar, guerras, amores e gestos cotidianos como a leitura deste livro.
Louis-Auguste Blanqui nasceu em 8 de fevereiro de 1805, em Puget-Théniers, região dos Alpes Marítimos. Republicano convicto e extremado socialista, interrompeu os estudos de direito e medicina, em Paris, para dedicar-se à militância política. Passou por inúmeras prisões, sendo finalmente condenado à prisão perpétua. Após liderar a Comuna de Paris, foi preso em 1871 no Fort Du Taureau, onde redigiu A eternidade pelos astros. Anistiado em 1879, morreu em Paris, em 1 de janeiro de 1881. Seu legado político, poético e filosófico seduziu uma série de intelectuais, desde Nietzsche, passando por Escher e chegando a Borges.
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