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Desde tempos imemoriais, o espectro do caos nos ameaça. O que tememos não é o mal em si, mas uma realidade em que o mal e o bem se misturam de forma indistinta. O desespero e a desorientação nos parecem nocivos uma vez que pressentimos que podem nos levar a uma desintegração caótica.
Aparato fundamental para a sobrevivência humana, a consciência está ligada ao conceito de controle, eixo principal na construção de uma ordem que organiza a vida. Através do controle, tentamos garantir que nossa existência seja majoritariamente composta pelo que consideramos bom e saudável. O problema é que, muitas vezes, consciência e controle transformam-se em grades que nos aprisionam em uma ordem rígida e pouco útil em situações extremas da vida.
Nilton Bonder revela que é chegado o momento de a consciência pedir “concordata” e dizer “o que tiver que ser, será”. Não se trata de extinguir a consciência, mas de suavizá-la, confiando que alguma ordem velada subsiste no mundo, embora não a compreendamos.
Recorrendo aos ensinamentos do Reb Nachman de Bratslav e a diversas tradições filosóficas, Bonder nos leva a redimensionar alguns aspectos da vida como a finitude, a esperança, o desespero e o vazio existencial, através de uma perspectiva sábia, original e – por que não dizer? – libertária.